sexta-feira, 5 de março de 2021

Balanço Fevereiro 2021

 A 1ª semana de Fevereiro foi boa, comecei com uma boa rotina de estudo e exercício físico, tive alguns bons resultados e parecia que, depois de um Janeiro bastante negativo, Fevereiro iria ser um mês de viragem.

Entre 7 e 14 de Fevereiro, fiz 6 sessões, todas elas negativas, e num dos domingos, cheguei mesmo a ficar down 2k. A variância foi negativa, mas não foi só isso, acusei algum cansaço e também algum desgaste por este 2º confinamento, e acabei por não ter conseguido jogar o meu melhor. Não foi que tivesse jogado muito mal, mas fiquei um pouco abaixo do que consigo fazer, e quando a isso se junta o lado negro da variância...

Nas 2 últimas semanas de Fevereiro, o cenário não mudou muito, fui mantendo a rotina possível, de forma a conciliar a vida familiar, com o trabalho nas mesas e fora delas. Em termos de lucro fiquei ligeiramente down nessa 2ª metade de Fevereiro e acabei o mês com um prejuízo a rondar os 2.8k.



Em termos de resultados, foi de longe o meu pior início de ano de sempre, embora noutros anos também jogasse um ABI bem mais baixo, o que dificultava um downswing assim tão significativo. Quanto a qualidade de jogo, não tem sido a ideal, mas também não tem sido péssima ou tão má como noutros momentos da minha carreira. Houve dias em que me senti cansado, desmotivado, outros em que comecei preparado e concentrado, mas ao all in decisivo x, perdi o foco e baixei o meu nível. 

A situação não seria tão complicada se estivéssemos a viver outro momento das nossas vidas, com as creches fechadas, o meu filho está em casa, e com a mãe em teletrabalho, não tem sido fácil conciliar o poker com a vida familiar. 

É claro que desta forma passo mais tempo com o meu filho, e eu e a minha companheira vamos tentando fazer actividades que o estimulem o desenvolvimento dele, por outro lado, é um tempo menos produtivo, pois acabo por estar a pensar no estudo que tenho para fazer, na sessão que vou começar daqui a umas horas, no make up que já está elevado e não lhe dou a atenção que ele precisa. Além disso, mesmo que tivesse essa disponibilidade para lhe dar toda a atenção do mundo, para ele nunca seria a mesma coisa. As crianças precisam de conviver com outras crianças, precisam de actividades que as estimulem e as desenvolvam, e só nas creches e nas escolas isso pode acontecer, por mais que os pais se esforcem, estes não substituem o trabalho educativo feito nos locais que referi.

Nem gosto de falar nestas coisas, pois não gosto de me armar em especialista, mas olhando só para os nºs covid, sejam eles de internamentos hospitalares, casos ou mortes, custa-me a perceber como é que estando estes nºs a níveis que tínhamos em Outubro ou Novembro (quando alguns diziam que era impensável um novo confinamento), ainda não houve a sensibilidade para ser feita a reabertura das escolas e creches.

De qualquer forma, quanto ao que referi no parágrafo anterior, podemos assinar uma ou outra petição, estar atentos ao que se vai passando e pouco mais. Há que fazer o possível com as condições actuais, continuar a trabalhar da melhor forma possível, estar com a família e tentar fazer as actividades recomendadas pela Educadora do Lucas e esperar que as coisas melhorem em breve.

Um abraço e boa sorte nas mesas e fora delas!